Dandara (2011)
48 fotografias digitais | Pigmento mineral sobre papel de algodão
90×60 cm, edição de 3
60×40 cm, edição de 5
No dia 9 de abril de 2009 um grupo de famílias de Belo Horizonte se organizou em busca do sonho de ter um pedaço de terra e morar numa casa própria. O desafio: ocupar um terreno abandonado cujos sucessivos proprietários há mais de 40 anos descumpriam a função social da terra e acumulavam dívidas em impostos.
Em uma semana se juntaram mais de mil famílias na ocupação batizada de Dandara, uma referência à heroína do Quilombo dos Palmares.
Meu contato com Dandara se deu por acaso e se estendeu por afeto. O drama existente na vida de seus moradores, que construíam casas sob o risco de despejo, revelou uma necessidade que antes eu desconhecia ou ignorava, a reforma urbana.
Já possuindo casa própria, busquei abrigo em Dandara incontáveis vezes. Transitei por suas ruas planejadas, adentrei moradas e bebi café ouvindo épicos pessoais de personagens maravilhosas.
Seu território segue comigo e avança.
Exibido com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura
Acervo Fundação Clóvis Salgado
Acervo Museu Histórico Abílio Barreto